Reconstrução renovação
Sem dilatação
Dentro do coração
Deveria ser tudo de novo e repetir
Repercutir refletir resistir
Na ideia de escrever
Para sobreviver
Sem sofrer
Sem contas para pagar
Sem tantos problemas para se preocupar
Deveria ser mais fácil a vida
Sem toda essa lida
Essa insana corrida
Por sucesso
E quem suporta o processo?
E se respeitassem o poeta
Que declama de alma repleta
Dizem que é um hobby, uma diversão
E se poeta for minha profissão?
E se a poesia for meu ganha pão?
Vish, vai passar fome então
Tem que ser advogado, médico ou engenheiro
Ser poeta é estar sempre no despenhadeiro
Conduta duvidosa
Estrada enganosa
Mentalidade despretensiosa
Na palavra a rima
Embaixo ou acima
Desconstruindo dizeres
Derramando prazeres
Do ócio ao ofício
Correr do precipício
Buscando o desconhecido
E pensar que eu já havia esquecido
De como dói a solidão
Que amarra o coração
Nessa linha perco a trilha
Já andei uma milha
Perdi o passo,
O compasso
Atravessando a vida pela janela
A cor amarela
Perco a postura
É tanta tontura
Pura loucura
Para encontrar a tal da felicidade
E olha que procurei por todas as ruas da cidade
Marcando o ponto
De bate e pronto
Ida e volta
Na dor da revolta
Causando reviravolta
No dia chuvoso
No dia tedioso
Sem tomar a decisão correta
Deixar a vida de porta aberta
Para o que vai chegar
E o nó desatar
Nesse embaraço-VIDA.
Warlei Antunes
Nenhum comentário:
Postar um comentário